Em uma manhã ensolarada, visitamos um casal de amigos, o Altair e a Gisele, moradores aqui da Serra, e para nossa surpresa nós não éramos os únicos visitantes naquele dia, havia em seu quintal e nas árvores próximas um bando de uns 20 animais, peludos, do tamanho de um cão de raça média, com um focinho semelhante aos porcos e unhas grandes e afiadas. Estavam fuçando a terra, com os rabos peludos e listrados levantados. Não demonstraram medo ou raiva de estarmos tão pertos os observando, eram os espertos quatis.
O quati (Nasua nasua) também grafado de coati (do tupi “nariz pontudo”), é um mamífero aparentado do guaxinim, possuindo um nariz mais pontudo e um corpo mais alongado. Suas patas servem para escalar as árvores, se assemelham a patas de urso. A cor em geral é cinzento amarelado, porém existem indivíduos quase negros e outros bastante avermelhados e sua cauda possui sete ou oito anéis pretos. Vivem em bandos de 10 a 20 indivíduos formados por fêmeas dominantes e machos jovens, Com mais de dois anos, os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando somente na época do acasalamento, que acontece no fim da primavera. A fêmea dá a luz de 2 a 6 filhotes que ficam por mais de um mês em seu ninho no oco das árvores.
Por ter hábitos diurnos, ao amanhecer o quati de desce do alto das árvores onde dormiu tranquilo, bem enrolado como uma bola, para percorrer as matas a procura de alimento: minhocas, insetos, aranhas (adora caranguejeiras), frutas, ovos, vermes ou larvas presentes no solo.
Vale dizer que os quatis não são domesticáveis, são excelentes mordedores e podem com suas garras ferir alguém que esteja em contato direto com eles. Pela insanidade humana ao descartar lixo nos bosques, praças e ruas, o quati vira um lixeiro, saindo dos bosques e matas para "fuçar" o lixo jogado (porcamente) nos gramados e ruas ou nas lixeiras sem tampa. Por falar em lixeira, as melhores são as que possuem tampa pesada ou que possa ser fechada com tranca ou cadeado e aberta no dia que passa o lixeiro.
Lembre se que não é o quati ou qualquer outro animal morador da Serra que tem que se adaptar ao nosso modo de viver e sim nós (os invasores de seu habitat) é que temos que nos adaptar ao modo de vida deles e como pessoas “pensantes” bolar maneiras inteligentes de não prejudicar a ambas as partes. Um destes mecanismos inteligentes foi pensado por nossos amigos do início da matéria, eles possuem uma geladeira na área da churrasqueira onde volta e meia era assaltada por quatis, resolveram o problema colocando um elástico desses de prender coisas na garupa de motocicletas, na porta da geladeira.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Jacu, o grande pássaro negro!
Quem nunca deparou com uns pássaros negros com o papo vermelho ao amanhecer ou ao entardecer nas árvores de nossos quintais? São os jacus (Penelope ochrogaster) que se diferem das jacutingas (Pipile jacutinga) porque estas têm o topo da cabeça branca (tinga em tupi significa claro).
Os jacus vivem em bando nas matas e na época do acasalamento andam em casais, o jacu é monogâmico. Os jacus são aves de grande porte, que podem atingir até 85 cm de comprimento, a plumagem é escura, em geral preta e com um aspecto escamado, este efeito e produzido pelas penas do peito e das costas que são mescladas de branco.Nas árvores seu tamanho não o impede de saltarem com rapidez de ramo em ramo. Encontrado em áreas de matas da América do Sul: Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina se alimentam preferencialmente de frutos de palmeiras, no que é considerado um hábil dispersor de suas sementes.
Por falar em sementes e jacus, em Domingos Martins – ES, tem gente protegendo essas aves e ao mesmo tempo ganhando dinheiro, é o Café de jacu ou internacionalmente conhecido como Jacu Bird Coffe. Do mesmo modo que o Kolpi Luwaki, café produzido na Indonésia onde os grãos do café são retirados das fezes de um mamífero chamado civeta (bicho semelhante a um gato) e de um café do Vietnã onde é utilizada a doninha, o Café Jacu é extraído depois que o jacu come o fruto do café e defeca suas sementes despolpadas, que depois de torrada e moída é vendida a preço de ouro principalmente para a Europa e Estados unidos. Tudo começou com os jacus comendo os frutos do café nas plantações, e alguém com uma visão “natureba” e corajosa, em vez de sair matando os jacus resolveu provar o produto de suas fezes, gostou, aprovou e soube de imediato o valor que teria de manter as aves em suas plantações. Segundo os entendidos em café, o produzido pelo jacu se iguala aos melhores cafés do mundo.
O jacu está presente no rótulo de uma aguardente de Assis – SP, assim como também é um adjetivo pejorativo de pessoa desajeitada, acanhada, boba, caipira.
Esta ave está sendo ameaçada de se extinguir devido à destruição de seu habitat e a caça predatória, portanto quando você ver um jacu, agradeça por estar morando e convivendo com mais esta raridade que a mãe natureza nos presenteia.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
OS ACROBATAS DAS ÁRVORES
O escolhido deste mês foi um pequeno mamífero, arborícola (vive nas copas das árvores), roedor esperto, curioso e ativo, que pode dar saltos de até 5 metros além de ser capaz de descer de um tronco de frente, na vertical, desafiando a gravidade e o medo de uma queda.
Também conhecido como celerepe, caxinguelê (rato de palmeiras), o esquilo é um roedor de hábitos diurnos bastante presente em nossos quintais, onde podemos ver sua agilidade impressionante pulando de uma árvore para outra. Seus grandes trunfos são a visão e a audição aguçada e a agilidade onde a grande cauda tem papel importante. Constroem seus ninhos em ocos de árvores ou com folhas e galhos nas forquilhas das árvores mais altas, nascendo de um a três filhotes por gestação que ocorre uma vez por ano.
Estes pequenos animais vivem sozinhos ou em pares e podem chegar aos 15 anos de idade. Eventualmente podem comer brotos de árvores e larvas de insetos, mas a base de sua alimentação são frutos e sementes secas e duras como pinhões de araucária ou coquinhos da palmeira jerivá, pois como todo roedor, precisam gastar seus dentes que estão sempre crescendo. É comum encontrarmos ao pé da palmeira jerivá, coquinhos com um corte triangular, indicador de que um esquilo experiente furou o coquinho e esteve a comer a parte branca em seu interior.
Por terem o hábito de estocarem alimento, o esquilo junto com a anta e a cotia, é considerado um dispersor de sementes (animais que ao se alimentarem ajudam a espalhar sementes na mata). É que ao transportar as sementes para sua toca, às vezes elas caem e nem sempre o esquilo esta disposto a descer para procurá-las, outras vezes, enterra as sementes, mas muda de território ou esquece onde as escondeu, dando chance destas sementes germinarem.
Felizmente o nosso esquilo não esta entre as espécies em extinção, porém como todo animal silvestre é protegido por Lei e qualquer tentativa de captura, manter em cativeiro ou comercialização é considerada crime ambiental.
O escolhido deste mês foi um pequeno mamífero, arborícola (vive nas copas das árvores), roedor esperto, curioso e ativo, que pode dar saltos de até 5 metros além de ser capaz de descer de um tronco de frente, na vertical, desafiando a gravidade e o medo de uma queda.
Também conhecido como celerepe, caxinguelê (rato de palmeiras), o esquilo é um roedor de hábitos diurnos bastante presente em nossos quintais, onde podemos ver sua agilidade impressionante pulando de uma árvore para outra. Seus grandes trunfos são a visão e a audição aguçada e a agilidade onde a grande cauda tem papel importante. Constroem seus ninhos em ocos de árvores ou com folhas e galhos nas forquilhas das árvores mais altas, nascendo de um a três filhotes por gestação que ocorre uma vez por ano.
Estes pequenos animais vivem sozinhos ou em pares e podem chegar aos 15 anos de idade. Eventualmente podem comer brotos de árvores e larvas de insetos, mas a base de sua alimentação são frutos e sementes secas e duras como pinhões de araucária ou coquinhos da palmeira jerivá, pois como todo roedor, precisam gastar seus dentes que estão sempre crescendo. É comum encontrarmos ao pé da palmeira jerivá, coquinhos com um corte triangular, indicador de que um esquilo experiente furou o coquinho e esteve a comer a parte branca em seu interior.
Por terem o hábito de estocarem alimento, o esquilo junto com a anta e a cotia, é considerado um dispersor de sementes (animais que ao se alimentarem ajudam a espalhar sementes na mata). É que ao transportar as sementes para sua toca, às vezes elas caem e nem sempre o esquilo esta disposto a descer para procurá-las, outras vezes, enterra as sementes, mas muda de território ou esquece onde as escondeu, dando chance destas sementes germinarem.
Felizmente o nosso esquilo não esta entre as espécies em extinção, porém como todo animal silvestre é protegido por Lei e qualquer tentativa de captura, manter em cativeiro ou comercialização é considerada crime ambiental.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
ESPÉCIES INVASORAS
Em 1950, o Arquipélago de Fernando de Noronha, a mais de 545 quilômetros de Pernambuco, foi invadido por ratos vindos dos navios e embarcações que ali aportavam. Como os ratos não tinham predadores, eles procriavam abundantemente e se alimentavam livremente nas 21 ilhas que constituem o arquipélago.
Até que alguém de idéias “brilhantes” e sem nenhum conhecimento científico, resolveu introduzir em Fernando de Noronha um predador para acabar com a festa dos ratos, e o escolhido foi: O Tupinambis merianae, ou simplesmente o TEIÚ, um lagarto bastante conhecido pelos moradores da Serra da Cantareira. O Teiú quando criado em cativeiro era alimentado com ratinhos e os adorava, porém, em liberdade alimenta-se, sobretudo de frutas, ovos, larvas, vermes e insetos. Ou seja, o Teiú livre não se alimenta de ratos porque eles simplesmente não se encontram, já que o nosso lagarto tem hábitos diurnos e os ratos noturnos.
Mas e nosso amigo Teiú, ia morrer de fome? Não, logo nosso amigo começou a predar ovos e filhotes de tartaruga verde e ovos de aves marinhas que nidificam no solo, causando impactos negativos arrasadores sobre a população daquelas ilhas. O Teiú foi em Fernando de Noronha, o que chamamos de uma espécie invasora, introduzida intencionalmente naquela ilha.
Espécie invasora é todo tipo de animal ou planta que existe em equilíbrio em um determinado habitat e que, ao ser levado intencionalmente ou não para outro ambiente, se reproduz exageradamente por não existirem predadores que controlem a população, tomando o espaço das espécies nativas. Essa invasão é uma das principais causas da perda de biodiversidade no mundo, ficando atrás apenas do aquecimento global. O Brasil é considerado o país com a maior diversidade biológica do planeta, e por isso mesmo, é mais propenso a sofrer com a invasão desses organismos exóticos. Já foram listadas mais de 200 espécies deste tipo no país que deverão ser publicadas ainda este ano, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, como a Primeira Lista Nacional de Espécies Invasoras.
Ficam os alertas: Cuidado com o que você planta na Serra da Cantareira, respeite o bioma de Mata Atlântica. Nunca solte animais de estimação exóticos em nossa floresta.
Alguns exemplos destas espécies que invadiram nosso País são: o mosquito Aedes aegypti -transmissor da dengue, o barbeiro - transmissor do mal de Chagas, o caramujo gigante africano, a abelha africana, a rã touro, as carpas, a trepadeira madressilva, o Eucalipto, a paina ou capim dos pampas, o beijo (Maria sem vergonha), a banana-flor, o mexilhão dourado, o mico comum, o mico estrela e a lagartixa comum encontrada em nossas casas.
Até que alguém de idéias “brilhantes” e sem nenhum conhecimento científico, resolveu introduzir em Fernando de Noronha um predador para acabar com a festa dos ratos, e o escolhido foi: O Tupinambis merianae, ou simplesmente o TEIÚ, um lagarto bastante conhecido pelos moradores da Serra da Cantareira. O Teiú quando criado em cativeiro era alimentado com ratinhos e os adorava, porém, em liberdade alimenta-se, sobretudo de frutas, ovos, larvas, vermes e insetos. Ou seja, o Teiú livre não se alimenta de ratos porque eles simplesmente não se encontram, já que o nosso lagarto tem hábitos diurnos e os ratos noturnos.
Mas e nosso amigo Teiú, ia morrer de fome? Não, logo nosso amigo começou a predar ovos e filhotes de tartaruga verde e ovos de aves marinhas que nidificam no solo, causando impactos negativos arrasadores sobre a população daquelas ilhas. O Teiú foi em Fernando de Noronha, o que chamamos de uma espécie invasora, introduzida intencionalmente naquela ilha.
Espécie invasora é todo tipo de animal ou planta que existe em equilíbrio em um determinado habitat e que, ao ser levado intencionalmente ou não para outro ambiente, se reproduz exageradamente por não existirem predadores que controlem a população, tomando o espaço das espécies nativas. Essa invasão é uma das principais causas da perda de biodiversidade no mundo, ficando atrás apenas do aquecimento global. O Brasil é considerado o país com a maior diversidade biológica do planeta, e por isso mesmo, é mais propenso a sofrer com a invasão desses organismos exóticos. Já foram listadas mais de 200 espécies deste tipo no país que deverão ser publicadas ainda este ano, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, como a Primeira Lista Nacional de Espécies Invasoras.
Ficam os alertas: Cuidado com o que você planta na Serra da Cantareira, respeite o bioma de Mata Atlântica. Nunca solte animais de estimação exóticos em nossa floresta.
Alguns exemplos destas espécies que invadiram nosso País são: o mosquito Aedes aegypti -transmissor da dengue, o barbeiro - transmissor do mal de Chagas, o caramujo gigante africano, a abelha africana, a rã touro, as carpas, a trepadeira madressilva, o Eucalipto, a paina ou capim dos pampas, o beijo (Maria sem vergonha), a banana-flor, o mexilhão dourado, o mico comum, o mico estrela e a lagartixa comum encontrada em nossas casas.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Morcego: heroi ou bandido?
Afinal, quem é este carinha esquisito que só sai à noite, dorme de cabeça para baixo e já nasce com um sofisticadíssimo sonar. Descobri, depois de muito pesquisar, que o bichinho assim como o BATMAN é mais um herói da natureza e trás mais benefícios que malefícios ao ser humano. É importante que você saiba que existe uma lei que protege os animais silvestres (e o morcego é um deles). Desta forma, não é permitido matá-los. É um crime inafiançável. Somente órgãos competentes podem matar morcegos, mesmo assim, somente os hematófagos (que se alimentam de sangue). Se você perguntar a alguém a opinião dela sobre o morcego, te citarão pelo menos 9 coisas ruins destes animais (dentre estas coisas, algumas são apenas mitos), por isso selecionei 10 bons motivos para você passar a gostar destes bichinhos:
1. os morcegos são grandes controladores de insetos. Algumas espécies ingerem 200 ou mais insetos em apenas alguns minutos de vôo.
2. os morcegos são responsáveis pela formação de florestas. Ao ingerir um fruto deixa cair às sementes em local distante do original, onde poderá nascer nova árvore. Mais de 500 pequenas sementes podem ser transportadas por um único morcego a cada noite.
3. os morcegos ajudam na reprodução de mais de 500 espécies de plantas, visitando as flores como fazem de dia os beija-flores, transportando o pólen de flor em flor.
4. há morcegos que se alimentam de pequenos animais, incluindo os roedores, que tanto prejuízo trazem à agricultura.
5. os morcegos são largamente utilizados em pesquisas, incluindo a ação de medicamentos que no futuro serão empregados em benefício do homem.
6. as fezes de morcegos constituem excelente adubo que foi largamente explorado, até o desenvolvimento dos adubos sintéticos (cuidado com as doenças que elas podem trazer também, como a hitoplasmose e a salmonelose ).
7. os morcegos têm sido analisados na utilização do sonar que poderá auxiliar o homem.
8. a saliva do morcego, por ter forte ação anticoagulante, poderá ser largamente empregada para o tratamento de várias doenças vasculares.
9. os morcegos são importante na cadeia alimentar.
10. o desaparecimento dos morcegos poderá resultar em desequilíbrio e os inconvenientes resultantes poderão ser piores que os causados pela simples proximidade destes animais.
1. os morcegos são grandes controladores de insetos. Algumas espécies ingerem 200 ou mais insetos em apenas alguns minutos de vôo.
2. os morcegos são responsáveis pela formação de florestas. Ao ingerir um fruto deixa cair às sementes em local distante do original, onde poderá nascer nova árvore. Mais de 500 pequenas sementes podem ser transportadas por um único morcego a cada noite.
3. os morcegos ajudam na reprodução de mais de 500 espécies de plantas, visitando as flores como fazem de dia os beija-flores, transportando o pólen de flor em flor.
4. há morcegos que se alimentam de pequenos animais, incluindo os roedores, que tanto prejuízo trazem à agricultura.
5. os morcegos são largamente utilizados em pesquisas, incluindo a ação de medicamentos que no futuro serão empregados em benefício do homem.
6. as fezes de morcegos constituem excelente adubo que foi largamente explorado, até o desenvolvimento dos adubos sintéticos (cuidado com as doenças que elas podem trazer também, como a hitoplasmose e a salmonelose ).
7. os morcegos têm sido analisados na utilização do sonar que poderá auxiliar o homem.
8. a saliva do morcego, por ter forte ação anticoagulante, poderá ser largamente empregada para o tratamento de várias doenças vasculares.
9. os morcegos são importante na cadeia alimentar.
10. o desaparecimento dos morcegos poderá resultar em desequilíbrio e os inconvenientes resultantes poderão ser piores que os causados pela simples proximidade destes animais.
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domingo, 5 de outubro de 2008
O que fazer com as folhas que caem no meu quintal
Quem tem quintal grande e com árvores, tem um “problema” com a sujeira que as folhas caídas fazem no quintal. Tem gente que varre e joga no lixo, outros botam fogo e outros encontraram a solução ideal para este lixo valioso, a compostagem.
Primeiro precisamos entender porque as árvores soltam as folhas, principalmente em épocas secas. É porque é através das folhas que as árvores transpiram, e se o clima já esta seco, quanto menos perder água melhor. Além do mais, quanto mais folha no solo mais tempo úmido ele fica e mais protegido da erosão e rico ele fica. A natureza realmente é perfeita.
As folhas possuem vitaminas para nossas plantas que não encontramos nas famosas fórmulas de NPK (Nitrogênio, fósforo e potássio), são os micronutrientes tão importantes quantos os componentes do NPK.
Eu resolvi meu “problema” construindo um quadrado no fundo do quintal de 1m de largura x 1m de profundidade x 1m de altura, o coloquei em local sombreado e lá vou jogando as folhas que antes era lixo e agora, depois de decomposta, se transforma em terra vegetal rica em nutrientes para ser utilizada em hortas e jardins. Procure saber mais em matérias na Internet sobre “ terra vegetal”, “adubo orgânico”, “compostagem” e “terra viva”.
Primeiro precisamos entender porque as árvores soltam as folhas, principalmente em épocas secas. É porque é através das folhas que as árvores transpiram, e se o clima já esta seco, quanto menos perder água melhor. Além do mais, quanto mais folha no solo mais tempo úmido ele fica e mais protegido da erosão e rico ele fica. A natureza realmente é perfeita.
As folhas possuem vitaminas para nossas plantas que não encontramos nas famosas fórmulas de NPK (Nitrogênio, fósforo e potássio), são os micronutrientes tão importantes quantos os componentes do NPK.
Eu resolvi meu “problema” construindo um quadrado no fundo do quintal de 1m de largura x 1m de profundidade x 1m de altura, o coloquei em local sombreado e lá vou jogando as folhas que antes era lixo e agora, depois de decomposta, se transforma em terra vegetal rica em nutrientes para ser utilizada em hortas e jardins. Procure saber mais em matérias na Internet sobre “ terra vegetal”, “adubo orgânico”, “compostagem” e “terra viva”.
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Garrafinhas para Beija-Flores
Sabe aquelas garrafinhas para você por água adocicada para beija-flores, veja alguns cuidados que você deve ter para em vez de alimentá-los não os matar.
1 - substitua a água todos os dias e limpe as garrafinhas no máximo de dois em dois dias;
2 - utilize açúcar cristal em vez do refinado (demora mais para fermentar);
3 - não deixe em locais ensolarados ( o sol ajuda a fermentar a água);
4 - limpe muito bem as garrafinhas para não dar fungos;
5 – retire as garrafinhas a noite, pois são visitadas por morcegos.
Eu costumo ter duas garrafinhas em uso e duas imersas em água com cloro e sabão em pó, e fico revezando, enquanto duas estão em uso as outras duas estão limpas e sendo desinfetadas de qualquer fungo prejudicial aos beija-flores.
1 - substitua a água todos os dias e limpe as garrafinhas no máximo de dois em dois dias;
2 - utilize açúcar cristal em vez do refinado (demora mais para fermentar);
3 - não deixe em locais ensolarados ( o sol ajuda a fermentar a água);
4 - limpe muito bem as garrafinhas para não dar fungos;
5 – retire as garrafinhas a noite, pois são visitadas por morcegos.
Eu costumo ter duas garrafinhas em uso e duas imersas em água com cloro e sabão em pó, e fico revezando, enquanto duas estão em uso as outras duas estão limpas e sendo desinfetadas de qualquer fungo prejudicial aos beija-flores.
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sábado, 23 de agosto de 2008
Reflorestamento gratuito
Que tal plantar uma árvore hoje, sem sujar as mãos e sem levantar da cadeira? Tem um site muito legal, o http://www.clickarvore.com.br/ , que depois de se cadastrar, você pode plantar pelo menos uma árvore por dia, GRATUITAMENTE, e ajudar a reflorestar a Mata Atlântica, você pode saber para onde foi sua muda de árvore clicando em “veja para onde foram suas mudas”.Este site é patrocinado pela SOS Mata Atlântica, a ONG Vidágua e Abril.
Saiba mais:
http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_porque_plantar
http://www.ecolnews.com.br/agua/porque_plantar_uma_arvore.htm
http://www.correiodeuberlandia.com.br/texto/2005/09/18/12572/as_arvores_do_meu_jardim.html
Saiba mais:
http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=arvore_porque_plantar
http://www.ecolnews.com.br/agua/porque_plantar_uma_arvore.htm
http://www.correiodeuberlandia.com.br/texto/2005/09/18/12572/as_arvores_do_meu_jardim.html
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Bombinhas de sementes
Quando você come mamão, tangerina, laranja e outras coisas mais, o que você faz com as sementes destes frutos? Joga-os fora? Fica plantando em vasinhos que depois você acaba esquecendo até do que se trata? Você já imaginou quantos terrenos vazios ou espaços ainda não florestados temos aqui na Serra da Cantareira mesmo, ou em outros lugares na sua cidade?
Que tal se pudéssemos contribuir com reflorestamento de um campo ou pelo menos enfeitar aqueles pedacinhos de nossa cidade sem graça e sem nenhum verde jogando bombinhas de sementes que iriam provavelmente para o lixo?
O primeiro passo é escolher as sementes de plantas nativas de sua região para não introduzir neste meio, espécies que prejudicariam este ecossistema: na Serra da Cantareira poderíamos utilizar sementes de palmeira jerivá, palmito juçara, goiaba, jabuticaba, pitanga, flores da região e etc.
Você vai precisar de um balde, sementes, argila em pó, terra e adubo orgânico (esterco). Para fazer a massa das bolinhas misture no balde 1 parte de adubo + meia de argila (só para dar a liga) +4 de terra, misture bem, adicione água até ficar homogêneo e você consiga fazer bolinhas de mais ou menos 2 cm dessa massa. Se as sementes forem muito pequenas (tipo pozinho como as sementes de Manacá da Serra) misture junto com a massa, já se forem maiores o ideal é acrescentar a semente à medida que for fazendo as bolinhas, de modo que você possa controlar a quantidade de sementes que conterá cada bolinha. Paras sementes do tamanho da de uma de mamão eu costumo usar 3 para cada bolinha, já as de jabuticaba e de pitanga eu uso apenas uma semente para cada bolinha. Se quiser pode deixar secar um pouco na sombra para ficar mais dura. Pronto, estão feitas nossas bombas de sementes, que depois de jogadas nos lugares escolhidos, e após cair uma chuvinha, germinarão. Se forem lançadas com uma raquete ou atiradeira (estilingue) poderão aumentar nosso alcance.
Que tal se pudéssemos contribuir com reflorestamento de um campo ou pelo menos enfeitar aqueles pedacinhos de nossa cidade sem graça e sem nenhum verde jogando bombinhas de sementes que iriam provavelmente para o lixo?
O primeiro passo é escolher as sementes de plantas nativas de sua região para não introduzir neste meio, espécies que prejudicariam este ecossistema: na Serra da Cantareira poderíamos utilizar sementes de palmeira jerivá, palmito juçara, goiaba, jabuticaba, pitanga, flores da região e etc.
Você vai precisar de um balde, sementes, argila em pó, terra e adubo orgânico (esterco). Para fazer a massa das bolinhas misture no balde 1 parte de adubo + meia de argila (só para dar a liga) +4 de terra, misture bem, adicione água até ficar homogêneo e você consiga fazer bolinhas de mais ou menos 2 cm dessa massa. Se as sementes forem muito pequenas (tipo pozinho como as sementes de Manacá da Serra) misture junto com a massa, já se forem maiores o ideal é acrescentar a semente à medida que for fazendo as bolinhas, de modo que você possa controlar a quantidade de sementes que conterá cada bolinha. Paras sementes do tamanho da de uma de mamão eu costumo usar 3 para cada bolinha, já as de jabuticaba e de pitanga eu uso apenas uma semente para cada bolinha. Se quiser pode deixar secar um pouco na sombra para ficar mais dura. Pronto, estão feitas nossas bombas de sementes, que depois de jogadas nos lugares escolhidos, e após cair uma chuvinha, germinarão. Se forem lançadas com uma raquete ou atiradeira (estilingue) poderão aumentar nosso alcance.
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segunda-feira, 30 de junho de 2008
O Chopim e o Tico-tico
Quando você vir um casal de tico-tico alimentando um filhote preto com quase o dobro de seu tamanho, não se assuste o filhote e um CHOPIM (Molothrus bonariensis). Esta espécie não constrói ninho e a fêmea põe 4 ou 5 ovos por postura, sendo 1 no ninho de cada hospedeiro. O tico-tico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação vantajosa para o chopim é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia, daquela do primeiro ovo do hospedeiro. Como o período de incubação do chopim é de 11 ou 12 dias, um a menos do que o do tico-tico, seu filhote, que é bem maior, nasce antes. Desta forma, o filhote do chopim pode eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência. Quando abandona o ninho o filhote chopim é alimentado pelos pais adotivos por 15 dias, solicitando alimento no bico através de um chamado característico, abaixando o corpo e tremulando as asas.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Bugio
BUGIO - O RONCO DA FLORESTA
Quem já ouviu os rugidos crescentes vindo da mata, deste belo primata. Primeiro um em seguida outro e depois outro, cada um mais forte que o outro. São os bandos de bugios mostrando a sua localização para outro bando. O grito é a sua característica mais importante (um ronco forte que pode ser ouvido com até 5 km de distância) que pode durar por minutos e até horas. Costuma ser emitido também quando são observados outros grupos se aproximando ou quando algum individuo invade o seu território. A amplificação da potência desses sons é obtida graças a um pequeno osso, o hióide, situado entre a laringe e a base da língua.
Apesar do ronco meio que assustador, vindo de um macaco barbado e com cara de poucos amigos, o Bugio (também conhecido como Guariba ou Macaco barbado), é um bichinho tímido que vive em pequenos grupos de 3 a 12 indivíduos, de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto dominante, facilmente reconhecido por sua cor vermelho –alaranjado. Alimentando-se principalmente de folhas, brotos, flores e caules de trepadeiras, os Bugios vivem aproximadamente 20 anos e seu período de gestação leva de 4 a 5 meses. Após nascidos, os filhotes ficam agarrados nas costas da mãe por alguns meses, aprendendo tudo com o bando entre um ano e meio a dois anos, quando então atinge a maturidade.
A espécie encontra-se ameaçada de extinção, principalmente devido à destruição de seu hábitat, tráfico destes animais e também à caça indiscriminada. Sua carne e pele são muito apreciados pelos índios e caboclos. Recentemente um surto de febre amarela no Rio grande do Sul, provocou a caça e a matança indiscriminada do macaco Bugio. É que pessoas desinformadas vêem o animal como culpado pela doença e segundo os biólogos, a opinião é justamente o contrário: entre os macacos, o Bugio é o mais sensível à febre amarela Por isso, quando picado pelo transmissor, o mosquito da febre amarela silvestre, ele morre em até cinco dias, tornando-se o alerta aos seres humanos de que a doença pode estar naquela região.O bugio não transmite a doença da Febre Amarela, ele é uma sentinela, nos avisa que a doença está naquela localidade. Além disso, eles não são agressivos e têm um papel importante no equilíbrio ecológico. Se um bugio for encontrado morto ou doente, ele não deve ser retirado da mata. Acione um veterinário ou a prefeitura para fazer a retirada do material para exame. Agora que você conhece nosso amigo Bugio, não o incomode mais, sinta-se um privilegiado em morar em um lugar que ele ainda habita e ouça com alegria o “ronco da floresta”.
Quem já ouviu os rugidos crescentes vindo da mata, deste belo primata. Primeiro um em seguida outro e depois outro, cada um mais forte que o outro. São os bandos de bugios mostrando a sua localização para outro bando. O grito é a sua característica mais importante (um ronco forte que pode ser ouvido com até 5 km de distância) que pode durar por minutos e até horas. Costuma ser emitido também quando são observados outros grupos se aproximando ou quando algum individuo invade o seu território. A amplificação da potência desses sons é obtida graças a um pequeno osso, o hióide, situado entre a laringe e a base da língua.
Apesar do ronco meio que assustador, vindo de um macaco barbado e com cara de poucos amigos, o Bugio (também conhecido como Guariba ou Macaco barbado), é um bichinho tímido que vive em pequenos grupos de 3 a 12 indivíduos, de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto dominante, facilmente reconhecido por sua cor vermelho –alaranjado. Alimentando-se principalmente de folhas, brotos, flores e caules de trepadeiras, os Bugios vivem aproximadamente 20 anos e seu período de gestação leva de 4 a 5 meses. Após nascidos, os filhotes ficam agarrados nas costas da mãe por alguns meses, aprendendo tudo com o bando entre um ano e meio a dois anos, quando então atinge a maturidade.
A espécie encontra-se ameaçada de extinção, principalmente devido à destruição de seu hábitat, tráfico destes animais e também à caça indiscriminada. Sua carne e pele são muito apreciados pelos índios e caboclos. Recentemente um surto de febre amarela no Rio grande do Sul, provocou a caça e a matança indiscriminada do macaco Bugio. É que pessoas desinformadas vêem o animal como culpado pela doença e segundo os biólogos, a opinião é justamente o contrário: entre os macacos, o Bugio é o mais sensível à febre amarela Por isso, quando picado pelo transmissor, o mosquito da febre amarela silvestre, ele morre em até cinco dias, tornando-se o alerta aos seres humanos de que a doença pode estar naquela região.O bugio não transmite a doença da Febre Amarela, ele é uma sentinela, nos avisa que a doença está naquela localidade. Além disso, eles não são agressivos e têm um papel importante no equilíbrio ecológico. Se um bugio for encontrado morto ou doente, ele não deve ser retirado da mata. Acione um veterinário ou a prefeitura para fazer a retirada do material para exame. Agora que você conhece nosso amigo Bugio, não o incomode mais, sinta-se um privilegiado em morar em um lugar que ele ainda habita e ouça com alegria o “ronco da floresta”.
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